Conheça a história da primeira dentista do mundo
- fernandaaidar
- 8 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
Hoje é dia da mulher e não poderíamos passar essa data em branco. Então, resolvemos preparar uma homenagem às primeiras mulheres dentistas!
Apesar de hoje a área da odontologia ser constituída principalmente por mulheres, foi apenas na década de 80 que esse cenário começou a aparecer. Continue a leitura e descubra mais sobre a trajetória feminina nessa área.

No início, tudo era bem diferente
No século XIX, quando surgiram as primeiras faculdades de odontologia, as mulheres tiveram que lutar para obterem seus licenciamentos, graduações e reconhecimento. Foi o que aconteceu com Lucy Beaman Hobbs Taylor (1833-1910) nos Estados Unidos. Ela se interessou inicialmente pela área médica e foi recusada pela faculdade de medicina em Ohio, que sugeriu que ela optasse pela odontologia.
Lucy então foi trabalhar no consultório de Jonathan Taff, então diretor da faculdade de Odontologia de Ohio. Em 1861, ela tentou ingressar na faculdade de Odontologia e mais uma vez teve seu acesso negado por ser mulher.
Ela não se intimidou e resolveu abrir seu próprio consultório, uma vez que nessa época a atividade prática da odontologia era permitida.
O seu talento e experiência foram finalmente reconhecidos pela Sociedade Odontológica de Iowa que a aceitou como membro. Esse fato influenciou a ” Ohio College of Dental Surgery” que não só admitiu Lucy como aluna, mas a diplomou em seguida.
Lucy Beaman Hobbs foi a primeira mulher a receber a graduação de cirurgiã-dentista no Estados Unidos. Ela casou-se com James M. Taylor e ensinou a prática da Odontologia ao marido. Os dois trabalharam juntos até a morte de James em 1886, quando Lucy passou a também defender os direitos das mulheres.
E no Brasil, como foi a história das mulheres na Odontologia?
No Brasil, as primeiras mulheres dentistas vinham de família com pais e maridos cirurgiões-dentistas que ensinavam a elas o seu ofício.
Em 1906, 40 anos após Lucy, Isabella Von Sydow, foi a primeira mulher no Brasil a se graduar em odontologia, pela Escola de Odontologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. A sua turma de formandos tinha apenas quatro pessoas e Isabella era a única mulher da sua turma.
Embora fosse permitido que as mulheres graduassem, isso não impedia o preconceito que as cercavam. Inclusive, alguns professores falavam descaradamente que elas deviam ir embora, pois estavam tomando o lugar de um chefe de família e que o papel delas deveria ser “casar e cuidar do marido”.
Foi na década de 90 que as mulheres mudaram o cenário da odontologia do Brasil e, hoje, representam quase 70% da categoria.
Porém, o mais importante aqui é a liberdade das mulheres escolherem seus futuros e profissões. Tomara que um dia todos: homens, mulheres, independente de cor, raça, orientação sexual ou religiosa tenham a oportunidade para exercer atividades e profissões que se sentem bem, têm habilidade e prazer!
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